PENSAMENTO DA SEMANA

Deus criou o homem a sua própria imagem e depois o homem lhe devolveu o cumprimento.

Voltaire

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Francisco de Assis: O Santo dos santos

Sem dúvida alguma São Francisco de Assis é um dos maiores santos da igreja católica. Sua história é muito rica e cheia de fatos pitorescos. Fatores interessantes na sua história foram a sua origem nobre e sua juventude boêmia, mostrando que um dos maiores santos sobre a terra não nasceu santo e foi um homem comum no seu tempo, com suas limitações humanas, mas conseguiu ser um exemplo de vivência cristã para a humanidade. Provando que qualquer um tem a capacidade de atingir o grau evolutivo que estiver disposto a alcançar na terra.

Francisco foi um inflamado pregador da alegria e da paz, da pobreza e do amor de Deus, não só através de palavras mas com o exemplo de sua própria vida. Desde o seu nascimento a sua vida foi coroada por fatos marcantes. Chegado o momento do parto, Sua mãe, Dona Pica, assistida por várias pessoas que a ajudavam, teve muitas dificuldades e o nascimento da criança parecia se complicar. Eis que batem à porta, e a criada ao atender depara-se com um mendigo que lhe transmite que a senhora da casa deverá dar à luz no estábulo da casa, junto aos animais. Dona Pica, pediu ajuda às criadas para a levarem até ao estábulo. Lá chegada, a criança nasceu.
Durante sua juventude foi um jovem rico como outro qualquer. Era muito popular entre os amigos, sempre gentil e alegre. Era ambicioso e incentivado pelo pai, lutava em batalhas a procura de fama e nobreza. Foi preso em batalha ficando por um ano na prisão. Ficou muito doente em seguida e após melhorar, não era mas o mesmo Francisco, não tinha mais gosto pela vida boêmia. Certa vez ao sair em batalha causou grande estranhesa quando num súbito gesto de generosidade doou a um amigo mais pobre seu rico traje e a caríssima armadura que tinha feito. Noutra vez viu um leproso, que sempre lhe parecera um ser horripilante, repugnante à vista e ao olfato, cuja presença sempre lhe havia causado nojo. Mas, então, como que movido por uma força superior, apeou do cavalo, e, colocando naquelas mãos sangrentas seu dinheiro, aplicou ao leproso um beijo de amizade. Foi nesse período que passou a ter diversos sonhos com Deus e a ouvir-lhe a voz, Uma vez, em batalha, ouviu a pergunta: "A quem queres servir: ao Servo ou ao Senhor?" Francisco respondeu prontamente: "Ao Senhor, é claro!" A voz tornou a lhe falar: "Por que insistes então em servir ao servo? Se queres servir ao Senhor, retorna a Assis. Lá te será dito o que deves fazer!" Francisco entendeu, então, que estava buscando apenas a glória humana e passageira. Estava fazendo a vontade de pessoas ambiciosas e mesquinhas e não a vontade do Senhor. Desafiando os sorrisos de desdém dos vizinhos e a cólera de seu pai, Francisco retornou a Assis. E, tentando entender o que Deus queria dele, passou a se dedicar à oração e à meditação.
Certa vez estava ajoelhado em oração na capela de São Damião , semi destruída pelo abandono, quando uma voz lhe falou: "Francisco, vai e reconstrói a minha Igreja que está em ruínas". Não percebendo o alcance desse chamado e levando ao pé da letra, viu que aquela Igrejinha estava precisando de urgente reforma, Francisco então regressou a Assis, tomou da loja paterna um grande fardo de fina fazenda e vendeu-a. Colocou o dinheiro nas mãos do sacerdote de São Damião, e oferece-se para ajudá-lo na reconstrução da capela com suas próprias mãos. Conhecendo o caráter de Pedro Bernardone, é fácil imaginar sua cólera ao ver desfalcada sua casa comercial e perdido o seu dinheiro. Não bastava já o desfalque que dava ao entregar gratuitamente mercadorias e alimentação para os "vagabundos" necessitados? Agora mais essa! E Francisco teve que se esconder da fúria paterna.
Ao final de 1206, Pedro Bernardone, decidiu recorrer ao Bispo, instaurando-se um julgamento. O palco do julgamento foi a própria Praça Comunal de Assis, junto à igreja de Santa Maria e à casa do bispo, bem à vista de todos. Bernardone exigiu que seu filho lhe devolvesse tudo quanto recebera dele. Francisco sem vacilar um momento se despojou de tudo até ficar nu, jogou os trajes e o dinheiro aos pés de seu pai, e exclamou: "Até agora chamei de pai a Pedro Bernardone. Doravante não terei outro pai, senão o Pai Celeste". O Bispo, então, o acolheu, envolvendo-o com seu manto, para que não ficasse despido diante de tal multidão. Daquele momento em diante, cantando, afastou-se de sua família e de seus amigos e entregou-se ao serviço dos leprosos, tratando de suas feridas, e à reconstrução das capelas e oratórios que cercavam a cidade. De alguns recebia apoio e incentivo. De muitos, o desprezo e a zombaria. No entender da maioria, o filho de Pedro Bernardone havia perdido completamente o juízo.
Francisco também amava os animais e frequantemente era visto conversando com eles. Os animais pareciam entendê-lo. Certo dia, diante de seus discipulos, Francisco resolveu pregar às "irmãzinhas aves!" Entrou num campo indo de encontro às aves que estavam no chão. E mal começou a pregar, as que estavam nas árvores desceram. Nenhuma se mexia, embora andando ele passasse bem perto delas! E assim ele pregou às aves o seu famoso "sermão as aves". Acabando, todas as aves num gesto quase uniforme, abriam as asas e inclinaram reverentemente a cabeça até a terra, cantando, demonstrando assim que Francisco lhes havia proporcionado uma grande satisfação! Finalmente, São Francisco lhes fez o Sinal da Cruz e deu-lhes licença de se retirarem. Então, todas se levantaram no ar com um maravilhoso canto, e logo se dividiram em revoadas e desapareceram.
Conta-se que, dias depois, o Santo foi, como sempre fazia, reunir o povo na praça para discursar-lhes. As andorinhas voavam de um lado para outro, cantando forte. Os habitantes do lugarejo que se comprimiam ao redor para ouvir a palavra dele, não estavam conseguindo entender quase nada, porque o barulho das andorinhas era muito intenso. Então, Francisco com a maior tranqüilidade, olhou para elas e com muita doçura disse: "Irmãs andorinhas, parece-me que agora é minha vez de falar. Já cantaram e falaram bastante! Escutem, pois, a palavra de DEUS e fiquem silenciosas enquanto eu falo!" Elas pararam e fizeram grande silêncio durante todo o tempo em que ele dircursou.
Talvez por Isso tudo a imagem de São Francisco está sempre associada aos pássaros. Mas esse carinho não era privilégio das aves, Francisco adorava todos os animais. Devido a essa sua relação com a natureza chega-se a dizer que foi o primeiro ecologista de que se tem notícias. Se tratava assim os animais e a natureza, foi ainda mais amoroso com as criaturas humanas. Viveu sempre entre os pobres e doentes, levava a palavra de Deus a quem mais necessitava dela e onde a igreja não chegava.
Quando percebeu que estava próximo de morrer, mandou que o levassem para a sua pequena cela. Ao entardecer começou a cantar o Salmo 141 de David, rodeado pelos frades que choravam e não queriam deixa-lo sozinho. Com o passar do tempo, o som de sua voz foi perdendo a intensidade até que emudeceu inteiramente. E foi cantando, que entrou na eternidade. DEUS infinita bondade, ainda permitiu uma última saudação ao seu humilde cantor. Por cima de sua cabana e ao redor, o espaço foi ocupado por um sonoro e imprevisto coro aves, que vieram cantando dar-lhe o último adeus.
Francisco falava com simplicidade de forma a alcançar a todos, reunia multidões ao seu redor, arrebanhou seguidores de todos o níveis sociais. Participavam de sua 1a ordem ("os irmãos franciscanos") cléricos, leigos, pobres e ex-nobres. Ajudou a fundar a 2a Ordem ("as irmãs clarissas"), só de mulheres, junto com sua fiel admiradora Santa Clara de Assis. Reuniram-se nessa ordem muitas princessas e mulheres da alta nobresa, encantadas pela vida simples de dedicação ao próximo que Francisco pregava.
Dois anos antes de sua morte outro fato impressionante aconteceu na vida de Francisco: surgiram no seu corpo as marcas da crucificação de Jesus.O fenômemo chamou muita atenção de todos na época e Francisco passou a ter muitos problemas de saúde após isso. As chagas nunca cicatrizaram e ele morre com essa feridas.
Dois anos após sua morte, Francisco de Assis foi canonizado e é oficialmente o padroeiro da Itália. Suas Ordem religiosa continua Atuando em todo o mundo e ainda seguem as diretrizes dadas por ele em vida. Isso sim é um legado de amor a humanidade.

4 comentários:

Jomar Morais disse...

Nataly,
parabéns pelo blog. Além da importância dos temas selecionados para postagens, seu espaço na net vale também pelo bom gosto das cores no design simples e agradável. Que a leitura deste blog traga benefícios para muitos.
Grande abraço,

Jomar Morais

Anônimo disse...

Ei amiga não sei muito bem o que é isto, blog, mais adorei a sua seleção e principalmente o texto que fala de São Francisco de Assis, pois este é o santo que eu admiro.
Um abraço grande de sua amiga
Patricia Regia

Nataly disse...

Oi Paty,
Atualiza amiga kkkkkkkk
Um blog é isso que você tá vendo aqui.Um lugar gostoso de reencontrar amigos, conhecer pessoas e principalmente trocar inormaçãoes e aprender muito.
Que bom que passou por aqui, e que bom q gostou dessa matéria. Também adoro São Francisco de Assis acho um exemplo pra humaindade existem coisas lindas sobre a vida dele na net, é só procurar.

Beijão, adorei lhe ter por aqui.

Unknown disse...

Adorei esse artigo sobre São Francisco. Eu fiquei sabendo de fatos que eram desconhecidos pra mim, como a forma que se deu seu nascimento.Eu comprei uns bonequinhos de pano de Santa Clara e São Francisco e junto veio uma pequena história da vida de ambos, já que posuem ligações tão belas. Depois lhe repasso.